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Por que defender a Ceitec

  • Foto do escritor: Miguel Rossetto
    Miguel Rossetto
  • 1 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Ceitec
Ceitec

Poucos países detém conhecimento em microeletrônica, tecnologia decisiva para a Quarta Revolução Industrial, em inúmeros setores da economia. O Brasil demorou a atuar nessa área. O Programa Nacional de Microeletrônica fomentou o setor de semicondutores a partir de 2000, apoiando a constituição de vários centros de projeto de chips no Brasil e da empresa pública Ceitec.


A Ceitec é uma conquista para Porto Alegre, para o RS e para o Brasil. Isto foi possível através de articulação liderada por Olívio Dutra com a empresa Motorola, a União, universidades, entidades empresariais e de trabalhadores. Iniciando sua operação em 2008, é a única fabrica na América do Sul capaz de conceber e realizar chips, e já produziu cerca de 100 milhões de unidades, com equipe de 190 profissionais qualificados.


A Ceitec, com os parques tecnológicos Tecnopuc e Tecnosinos, integra o ecossistema de inovação idealizado pelo Porto Alegre Tecnópole e atrai empreendimentos como a HT Micron. Anos de trabalho e dedicação. Produzir chips é difícil, exige curva de aprendizado e períodos de investimento e participação estatal, suportando déficits operacionais eliminados ao longo do tempo.


EUA, China, Coréia do Sul, Taiwan que dominam esta tecnologia, percorreram este caminho. Não fosse isto, Samsung, Huawei ou a Intel não existiriam. Alias, se estes países tivessem lideres como Bolsonaro, que quer fechar um programa da importância da Ceitec por conta de um investimento de 14 milhões de dólares/ano, a Coréia do Sul e a China continuariam como grandes campos de arroz.


O atual governo acabou com o Ministério da Indústria e se mostra inimigo da educação, da ciência, da pesquisa e da tecnologia. É preciso defender o que conquistamos e perseguir a justa ambição de um desenvolvimento com soberania tecnológica e autonomia de conhecimento, condição para fazer do Brasil uma grande nação.


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